terça-feira, 8 de abril de 2008

Brasília, 7 de abril de 2008 - 17h30-Agência contribui com a qualidade do meio ambiente

Nesta segunda-feira (7) comemora-se o Dia Mundial da Saúde. Neste ano o tema é voltado para os riscos à saúde provocados pelas alterações climáticas. Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) algumas iniciativas já vêm sendo adotadas neste sentido. Recentemente, a Agência tomou medidas que vão permitir retirar do meio ambiente milhares de toneladas de garrafas plásticas e reduzir a emissão de gases nocivos à camada de ozônio, os clorofluorcarbonos, mais conhecidos como CFC´s. Comemorado em 7 de abril, a data marca o aniversário da fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que completa 60 anos.
As novas regras baixadas em março deste ano pela Anvisa permitem que as empresas possam reciclar as garrafas PET, muito utilizadas pela indústria de bebidas. Pela resolução da Agência, as embalagens poderão ser reprocessadas e transformadas em novas garrafas. Isto pode significar a retirada do meio ambiente de mais de 180 mil toneladas desse tipo de material, o Polietilenotereftalato (PET).
Outra medida tomada pela Agência foi instalar a Consulta Pública 104, lançada em novembro passado. A consulta buscou sugestões para substituir os gases da família dos clorofluorcarbonos (CFCs) na composição de alguns medicamentos formulados como aerossóis. Comprovadamente agressores da camada de ozônio que protege a terra do aquecimento, os CFC´s serão, gradualmente, abolidos da composição de medicamentos até o ano de 2010. Os produtos mais conhecidos que contêm CFC´s são as chamadas bombinhas para tratamento da asma.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

Consulte a lista de genéricos aprovados pela Secretaria da Vigilância Sanitária.

Basta digitar o termo a ser pesquisado (princípio ativo, medicamento de referência ou fabricante).

http://www.emedix.com.br/med/index.php

Indústria de medicamentos vai atender pedido do governo

Associação afirma que já começou a alertar empresas sobre suspensão de propagandas.Segundo entidade, há mais de 60 tipos de analgésicos produzidos por 50 laboratórios.

A suspensão de propagandas em rádio e TV de analgésicos, proposta pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi bem recebida pela Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip). Segundo o secretário-geral Sálvio Di Girólamo, a Abimip quer colaborar com o governo e já começou a entrar em contato com os laboratórios para que as propagandas sejam suspensas. Segundo Temporão, um dos objetivos é evitar a auto-medicação durante a epidemia de dengue no Rio.
“A associação está perfeitamente em sintonia com o ministério e entende que o ministro não tem o poder para proibir a propaganda. Mas as empresas todas querem colaborar e vão renegociar os espaços publicitários já comprados para que a publicidade desses analgésicos são seja exibida”, explicou Di Girólamo. Veja a cobertura completa sobre a dengue

Solicitação foi feita pela Anvisa
A pedido do ministro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou formalmente à Abimip que oriente os fabricantes para a necessidade de suspensão temporária da propaganda de analgésicos em geral, apesar de o ministro ter citado especificamente em entrevistas aqueles que têm como base o paracetamol. A informação gerou confusão, já que o paracetamol é um dos medicamentos indicados pelo próprio ministério para o tratamento de sintomas de dengue em sua página na internet.

Em nota, a Anvisa informou que "a medida tem a intenção de impedir que a população faça uso abusivo das substâncias analgésicas", o que poderia retardar os sintomas da dengue, dificultando o diagnóstico e atrasando o tratamento da doença.

“Apenas (o princípio ativo) ácido acetil salicílico não é recomendado em caso de suspeita de dengue. Mas entendemos que a preocupação do ministério é que possam mascarar os sintomas”, afirmou Di Girólamo, acrescentando que, até segunda-feira pela manhã, todos os laboratórios estarão cientes da recomendação do Ministério da Saúde.

Segundo Di Girólamo, mais de 60 analgésicos, de marca e genéricos, são produzidos por cerca de 50 laboratórios.

Ministro quer evitar auto-medicação
A preocupação de Temporão com a propaganda de medicamentos foi citada durante a inauguração de uma tenda de hidratação da Penha, na Zona Norte do Rio. O ministro citou especificamente os remédios a base de paracetamol que, segundo ele, podem causar disfunções hepáticas se usados de forma inadequada.

À tarde, durante um evento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Temporão afirmou ainda que as mortes causadas pela dengue estão sendo investigadas, assim como a hipótese de que o uso indiscriminado de determinados medicamentos possa ter agravado alguns casos. “Aconteceram vários óbitos e o secretário de Saúde determinou a investigação de óbito por óbito. Então é uma medida de prevenção que possa evitar danos futuros”, afirmou.

Temporão quer mensagens de alerta sobre a doença
O ministro sugeriu ainda que os laboratórios usassem o tempo disponível em rádios e TVs para veicular mensagens de alerta sobre a doença. Essa orientação, no entanto, a Abimip ainda não sabe se poderá ser atendida. “Acho pouco provável que as indústrias possam produzir esse tipo de informação. Além disso, a educação e informação da sociedade é tarefa do estado, do governo”, afirmou Di Girólamo.